Moeda “Cruz de Cristo” passa a valer até R$ 40 mil e brasileiros pulam de alegria
O Brasil tem uma fascinante história monetária, marcada por diversas tentativas de controlar a inflação e estabilizar a economia.
Dentre essas iniciativas, uma moeda em particular se destaca no universo numismático: a famosa “Cruz de Cristo”. Essa relíquia, que nunca chegou a circular no país, é considerada uma das mais valiosas e cobiçadas pelos colecionadores, graças à sua raridade e ao período turbulento em que foi produzida.
Antes da adoção do Real em 1994, o Brasil passou por uma série de tentativas frustradas de controlar a inflação, experimentando diversas moedas como o Cruzeiro e o Cruzado Novo. Foi nesse contexto de instabilidade econômica que a “Cruz de Cristo” surgiu, como uma testemunha da turbulência que o país enfrentava no final da década de 1980.
Trata-se de um exemplar de 1 cruzado novo, datado de 1989, que aparentemente foi concebido para circular normalmente.
No entanto, seu destino permanece incerto, com debates entre numismatas sobre se ela era um ensaio monetário, produzido em pequena escala para testes, ou se era uma moeda de produção em massa destinada à circulação, mas que teve sua vida interrompida pela reforma monetária.
As características únicas da “Cruz de Cristo”
O que torna a “Cruz de Cristo” tão especial e cobiçada pelos colecionadores? Seu nome se deve ao símbolo em seu anverso: um mapa do Brasil atravessado por uma cruz estilizada, que lembra muito a da Ordem de Cristo. Esse design único e simbólico é o que confere à moeda seu caráter distinto e intrigante.
Além disso, o reverso da “Cruz de Cristo” é similar às moedas de menor valor, mas difere da moeda de 1 cruzeiro que a substituiu. Curiosamente, os discos metálicos inicialmente destinados à “Cruz de Cristo” foram reaproveitados para a produção da nova moeda de 1 cruzeiro, que trazia a temática da bandeira nacional.
Inicialmente, acreditava-se que existiam apenas 14 exemplares dessa moeda cobiçada, todas de 1990. No entanto, uma descoberta recente do Museu de Valores do Banco Central revelou a existência de 41 moedas “Cruz de Cristo”, incluindo uma variante de 1989, que é o único exemplar existente desse ano.
Essa escassez se deve a diversos fatores, como a baixa tiragem e as constantes alterações do padrão monetário da época. Além disso, acredita-se que grande parte dos exemplares tenha sido destinada à fundição, com apenas um pequeno número tendo resistido.
O valor potencial da “Cruz de Cristo”
Dada sua raridade e importância histórica, a “Cruz de Cristo” se tornou um objeto de fascínio para colecionadores e numismatas. O exemplar de 1989, o único existente, pode chegar a valer até R$ 40 mil, dependendo do seu estado de conservação.
Já as moedas de 1990, apesar de menos raras, também possuem um valor significativo no mercado numismático. Sua procura e valorização refletem o interesse dos colecionadores em preservar um objeto que representa um momento singular da história econômica do Brasil.
A “Cruz de Cristo” não é apenas uma relíquia rara e valiosa, mas também um tema recorrente nas redes sociais, especialmente no TikTok. Diversos perfis têm abordado sua história e os motivos por ela ser tão cobiçada pelos entusiastas da numismática.
Essa exposição nas plataformas digitais tem contribuído para a popularização e o interesse crescente pela moeda, atraindo ainda mais colecionadores e curiosos em torno dessa fascinante peça da história monetária do Brasil.
Cuidados na aquisição e comercialização de Moedas Raras
É importante ressaltar que o site Revista dos Benefícios não atua na compra ou venda de moedas, ou outros itens colecionáveis. O objetivo deste conteúdo é apenas fornecer informações sobre numismática e o valor potencial de moedas raras.
Para adquirir ou comercializar moedas, é essencial procurar por serviços especializados e negociantes certificados. Isso garante a autenticidade das peças e a segurança nas transações, evitando possíveis fraudes ou problemas legais.