EconomiaGeral

DECISÃO OFICIAL: CAIXA bate o martelo para REDUÇÃO e vai afetar brasileiros com CPF final 0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9

DECISÃO OFICIAL: CAIXA anuncia +1 novidade sobre depósitos e surpreende brasileiros
DECISÃO OFICIAL: CAIXA anuncia +1 novidade sobre depósitos e surpreende brasileiros. Foto: Reprodução

O mercado imobiliário brasileiro enfrenta desafios significativos no que diz respeito à disponibilidade de recursos para financiamento de novas construções e aquisições de imóveis.

Diante desse cenário, a Caixa Econômica Federal, um dos principais agentes do setor, vem buscando soluções inovadoras para superar essa barreira e garantir a continuidade do ritmo de crescimento do mercado habitacional.

Em recente declaração, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, revelou uma estratégia audaciosa para driblar a possível escassez de recursos para financiamento imobiliário. Segundo ele, a liberação dos depósitos compulsórios dos bancos pode ser uma alternativa viável.

Atualmente, o Banco Central exige o recolhimento compulsório de 20% sobre os recursos de depósitos de poupança. A Caixa propõe que esse percentual seja reduzido para 15%, liberando entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões para serem destinados ao financiamento de moradias.

Vieira também reconhece que o modelo de funding (lastro) utilizado no Brasil desde a década de 1960 precisa ser repensado e revisado. Ele acredita que é necessário desenvolver novas alternativas para garantir a sustentabilidade do setor, como o fortalecimento do mercado secundário de crédito imobiliário.

O Papel da Emgea

Nesse contexto, a Emgea (Empresa Gestora de Ativos) surge como um agente crucial. Graças a uma medida provisória recente, a Emgea assume o papel de securitizadora, podendo adquirir os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) no mercado. Isso permitirá à Caixa atuar como um “indutor” desse sistema, retroalimentando o mercado secundário e impulsionando a construção de novas moradias no país.

Além da liberação dos depósitos compulsórios, a Caixa também está buscando outras soluções para ampliar a oferta de crédito imobiliário. Entre elas, destacam-se:

O banco está se preparando para sua primeira emissão de títulos verdes no exterior, com o objetivo de captar recursos adicionais para o financiamento de projetos imobiliários sustentáveis.

Captação de LCIs

A Caixa tem ampliado sua captação de Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) para reverter o quadro de escassez de recursos.

A queda na participação líquida de saldo da poupança é outro fator que preocupa o setor. Isso afeta diretamente o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), uma das principais fontes de financiamento imobiliário no país. Com a Selic elevada, os investidores têm buscado aplicações mais rentáveis, fazendo saques recordes da poupança.

O SBPE é um modelo que permite financiar até 80% do valor do imóvel, com juros limitados a 12% ao ano e prazos de até 35 anos. Essa alternativa é essencial para a classe média, que pode ser a mais prejudicada caso não haja uma solução para ampliar a oferta de crédito.

Papel do FGTS

Outra preocupação do setor é com a possível redução de recursos provenientes do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Com a lei do saque-aniversário, mais de R$ 100 bilhões já saíram do FGTS para as instituições bancárias. Além disso, a possível mudança na correção do saldo do FGTS também é um ponto de atenção.

De acordo com apuração do site Revista dos Benefícios, para garantir a destinação de recursos do FGTS para a habitação, o ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou que o governo irá encaminhar um voto na próxima reunião do Conselho Curador do FGTS, em 23 de julho, para ampliar em R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões o valor destinado ao segmento.

Apesar dos desafios, o mercado imobiliário projeta vendas recordes de imóveis para 2024. No entanto, para manter esse ritmo de atividade, o setor aponta a necessidade de medidas adicionais, como a ampliação do compulsório, a securitização de ativos e uma menor tributação.

Abquesia Farias

Especialista em Redação por mais de 5 anos, escreve textos para o Revista dos Benefícios com temas de Benefícios Sociais, Direitos do Trabalhador e Economia.